sexta-feira, 29 de março de 2013

O brilho dos cristais na decoração

Graças à versatilidade, cristais e vidros vem ganhando cada vez mais espaço nos mais diferentes ambientes

29/09/2010





Coleção taças 2 O brilho dos cristais na decoração
Seleção de taças feita pela revista Caras. São diversas taças, de vidro e cristal, de diferentes grifes
Na decoração, o cristal e o vidro aparecem como alternativas para quem procura uma maneira elegante de deixar o ambiente um pouco mais delicado. Questões místicas e religiosas à parte, o fato é que os cristais (naturais ou fabricados) são clássicos e não precisam ficar restritos à sala. Com um pouco de criatividade e cuidado na composição, eles podem sim combinar com qualquer ambiente da casa.
Antes de tudo, é preciso desfazer a confusão que existe entre o que é o cristal propriamente dito, o cristal de vidro (comercializado em forma de objetos, como taças, bandejas e lustres) e o vidro. Esteticamente falando, as diferenças são mínimas. O engenheiro de minas e professor emérito da Universidade de Minas Gerais (UFMG) Paulo Roberto Brandão explica que o que caracteriza o cristal é a organização de seus átomos, que formam arranjos geométricos. “A ordem interna regular se manifesta sob a forma de faces planas”, ensina.
O resultado são objetos simétricos, brilhantes e reluzentes. Quando essa organização interna não é completamente regular, o material é chamado de vidro. “Esse vidro é muito parecido com o cristal de rocha natural. Daí a confusão”, esclarece. Mas será que é possível saber a diferença entre cristais de vidro e vidros apenas olhando? Se você não for um especialista com um laboratório completo, não. “Se o que a pessoa procura é só beleza, não faz diferença”, acredita Paulo Brandão. “Hoje em dia, há cristais de vidro tão perfeitos que até mesmo um especialista fica em dúvida”.
Para o desapontamento dos que sempre sonharam em ter um lustre de cristal natural em casa, o engenheiro diz que, atualmente, todos os objetos comercializados como “cristal” são, na verdade, variações do vidro. “No passado, em alguns museus e casas reais, os lustres eram feitos de cristais de rocha, mas hoje não há mais mercado para isso”, comenta. Além de os preços serem elevados demais para os meros mortais, ele diz que é cada vez mais raro encontrar minerais tão perfeitos na natureza.
Bom gosto acima de tudo
Para o arquiteto André Alf, o que vale na hora de escolher o tipo de material a ser usado em um projeto é o bom gosto e a adequação. Ele diz que há uma gama imensa de opções, dos cristais artificiais — que podem ser feitos de plástico e poliéster — aos coloridos, como os negros e os vermelhos. O efeito obtido varia, assim como os preços: enquanto um lustre com cristal de plástico custa, em média, R$ 200, um feito em cristal de vidro sai por R$ 10 mil. “Eles podem ser usados em tudo, dos objetos à própria decoração do ambiente”, explica.
Graças à versatilidade do material, o arquiteto garante que cristais e vidros têm espaço em todos os cômodos da casa — desde que haja harmonia entre ambiente e objetos de decoração. “No caso dos lustres, o tamanho e o desenho deles serão o diferencial do lugar”, diz André. O consultor de tendências Renato Bernardo faz coro: até mesmo banheiros e lavabos podem abrigar objetos de cristal sem erro. “As luminárias, em especial, podem ser colocadas em qualquer lugar”, opina.
A lapidação brilhante ainda é a preferida, mas Renato frisa que vale a pena conhecer as demais opções. “Em taças, o brilho tem que transparecer, por causa dos líquidos”, diz. “Mas, para objetos de decoração, os cristais acetinados, que têm uma textura de pele, também ficam bonitos”. Para ele, o grande charme dos objetos de cristal é que são feitos artesanalmente, o que dá a cada item um design praticamente exclusivo.
No fim das contas, cristais de vidro e os próprios vidros dão o mesmo resultado na decoração. Porém se ainda assim você quiser descobrir se aquele vaso é mesmo feito de cristal de vidro, há algumas características específicas do material que podem ser indentificadas. “Se você bater com a ponta dos dedos, o vidro emite um som mais fino e agudo que o cristal de vidro”, ensina Renato Bernardo. Riscos ou pequenas bolhas também denunciam que o objeto é feito de vidro. “Não importa se o processo foi fabril ou artesanal, o vidro sempre terá bolhas”, comenta o consultor de tendências.
Como diferenciar o pirata
Consultora de marketing da marca Swarovski, Ana Camargo explica que uma das vantagens do cristal manufaturado — ou seja, produzido artificialmente — é a possibilidade de conferir várias cores e formas diferentes aos objetos. É essa maleabilidade que permite que sejam confeccionados de brincos a mesas de cristal de vidro. Entre uma marca e outra, há especificidades que garantem ao consumidor que o que está sendo consumido é mesmo original. “O número de faces (no mínimo 16, contra oito das versões piratas) e o brilho dos nossos cristais são inconfundíveis”, defende.
Discretas e elegantes, as saladeiras de cristal dão um toque de sofisticação à sua cozinha. Ambas fazem parte da linha Overlay, da marca Strauss.
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O brilho dos cristais na decoração
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O brilho dos cristais na decoração
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O brilho dos cristais na decoração
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O brilho dos cristais na decoração
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O brilho dos cristais na decoração
copos coloridos de cristal strauss lapidados à mão O brilho dos cristais na decoração
Copos coloridos de cristal strauss lapidados à mão

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